Marina silencia sobre as alianças políticas contraditórias que condenou, inclusive no RN

Marina Silva não apoiará mais Eduardo Suplicy, do PT, ao Senado em SP.
E sim dirá que a aliança que representa apoia José Serra, do PSDB.
Em Alagoas, não apoiará Heloisa Helena, do PSOL, ao Senado.
E sim afirmará que sua aliança está na chapa ao governo de Benedito de Lira, que começou carreira na Arena, foi do PFL e hoje é do PP.
"É o mínimo que ela pode fazer em respeito aos partidos que dão a ela essa missão (de substituir Eduardo Campos como candidata à Presidência)", diz Roberto Freire, presidente do PPS.
"Ninguém vai pedir que Marina faça campanha [para candidatos de alianças costuradas por Campos] nem que fuja de seus princípios", diz Freire.
"Mas ela não pode apoiar adversários. Afinal, não está sendo ungida, não é uma candidatura nova. Ela substitui [Campos] e tem que entender esse papel".
Caso Marina chegue ao segundo turno, diz Freire, a expectativa é que ela aceite apoio de partidos de oposição como o PSDB "para dar consequência à missão de derrotar o que ela combate", ou seja, o atual governo.
"Como presidente, ela não vai fazer acordo com as forças políticas do país"?, questiona.
Freire diz que Marina tem clareza desse processo.
"Ela foi ministra, tem experiência. Não é um E.T".
Um dirigente do PSB listou 17 Estados em que Marina terá que honrar alianças de Campos.
Ela não tinha endossado os acordos em dez.
Post scriptum – O Rio Grande do Norte era um dos estados onde Marina Silva havia discordado abertamente da coligação do PSB com o PMDB e o DEM.
Agora, candidata à presidente em substituição a Eduardo Campos, ela deverá "honrar" os compromissos políticos assumidos pelos socialistas, segundo revela o deputado Roberto Freire.
A candidata Marina Silva silencia sobre o assunto e deixa que membros do partido falem por ela.
Na prática, o que se antevê é que Marina irá "engolir", apenas durante a campanha, as alianças com o que ela chama de "velha política".
Se ganhar a eleição a conversa será outra.
Ninguém duvide disso.
No RN, talvez ela nem visite alegando escassez de tempo, tamanha foi a sua discordância com a candidata ao senado Vilma de Faria.
Fonte: Mônica Bergamo

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