Declaração de Marina sobre passar fome deixa Dilma e Aécio sem ação

Em campanha eleitoral sempre se discute os limites da baixaria, da troca de ofensas, do terrorismo psicológico contra o eleitor. Com Marina, a discussão avança para o campo da emoção. Há um limite para a manipulação emocional?
Por ironia da história, ou, se preferir, do destino, essa guerra eleitoral faz Marina Silva se aproximar virtualmente cada vez mais de Lula, seu ex-mentor e agora novo desafeto.
Na ânsia por se eleger, ambos usaram a origem pobre, o preconceito social e a superação pelo próprio esforço como estandarte da campanha à Presidência da República.
Nos dois casos, a pobreza foi vendida quase como uma virtude, como se ela os fizesse mais merecedores da vitória do que, por exemplo, um candidato de classe média que nunca sentiu a barriga vazia.
"Sei o que é passar fome".
Depois dessa frase-slogan, não há como apelar mais profundamente ao emocional do telespectador-eleitor.
Ou há?

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