Antes do Panamá, Doria disse que pediria a Moro para adiar prisão de Lula

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O empresário João Doria Júnior, escolhido por Geraldo Alckmin para disputar a prefeitura de São Paulo, falou demais. E morreu pela boca.
Em janeiro deste ano, quando soube que o ex-presidente Lula pretendia se engajar na campanha à reeleição de Fernando Haddad, ele fez uma provocação. "Lula disse hoje que vai ajudar o Haddad na eleição. Jesus, isso é tudo que eu mais quero", afirmou Doria em palestra na Casa do Saber. "É meu sonho de consumo o Lula aqui para defender o Fernando Haddad, mas tem que ser antes de ser preso. Vamos até pedir ao Moro para adiar essa prisão", completou (relembre aqui).
Lula vinha sendo acusado, naquele momento, de ocultar a propriedade do famoso "triplex do Guarujá", um imóvel que ele pretendia adquirir, mas desistiu depois que se tornou objeto de um escândalo midiático. Na Lava Jato, uma das fases chegou até a investigar a empresa Mossack & Fonseca, especializada na abertura de firmas offshore, usada por empresários que pretendem ocultar patrimônio no exterior.
Agora, sabe-se que é Doria quem possui um apartamento de luxo registrado em nome de uma offshore adquirida justamente junto ao Mossack & Foneca (leia aqui). Questionado pelos repórteres que fizeram a denúncia, ele não apresentou provas nem das remessas ao exterior nem de ter informado a posse de tal imóvel à Receita Federal.
Doria, portanto, já é praticamente um ex-candidato à prefeitura de São Paulo. E Alckmin, que implodiu o PSDB paulista, provocando até a saída de Andrea Matarazzo, que se filiou ao PSD, terá agora que buscar outro nome.

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