Minas 247 –
A descoberta de que a Odebrecht mantinha um banco no exterior, em
sociedade com o grupo Petrópolis, da cervejaria Itaipava, para realizar
pagamentos de natureza política, pode esclarecer o conteúdo do listão da
empreiteira, apreendido na Operação Xepa, uma das etapas da Lava Jato.
Com o vazamento da lista, surgiram indícios de que a Odebrecht distribuiu pelo menos US$
117 milhões para o pagamento de propina entre 2008 e 2014. A novidade é
que, agora, o operador Vinícius Veiga Borin revelou que a compra do
Meinl Bank, pela Odebrecht e pelo empresário Walter Faria, do grupo
Petrópolis, visava facilitar o pagamento de propinas.
Na reportagem desta
segunda-feira, o jornal O Globo cita Aécio como um dos beneficiários
dessas doações. "O delator não envolve diretamente a cervejaria no
esquema, só informa que era sócia da Odebrecht no banco e que
distribuidoras de bebidas ligadas ao grupo Petrópolis fizeram doações
eleitorais. Na 23a. etapa da Lava-Jato, foi achada com um diretor da
Odebrecht planilha em que essas empresas aparecem fazendo doações a
políticos, entre eles Aécio Neves (PSDB-MG)."
O Globo se refere à
empresa Leyroz, que doou R$ 1,6 milhão a Aécio e ao PSDB em 2010, no ano
em que ele concorreu ao Senado Federal, após dois mandatos como
governador de Minas (saiba mais sobre o caso aqui). À época, Aécio declarou que as doações foram legais e declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral.
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