Diferentemente do que afirmou o presidente interino Michel Temer, que
reclamou, em entrevista à imprensa, de uma suposta herança maldita, o
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, desmontou, em nota, nesta
sexta-feira (24), a tese do chefe.
"A situação do Brasil é de solidez e segurança porque os fundamentos
são robustos. O país tem expressivo volume de reservas internacionais e o
ingresso de investimento direto estrangeiro tem sido suficiente para
financiar as transações correntes. As condições de financiamento da
dívida pública brasileira permanecem sólidas neste momento de
volatilidade nos mercados financeiros em função de eventos externos. O
Tesouro Nacional conta com amplo colchão de liquidez", afirmou
Meirelles, a despeito do resultado do plebiscito realizado no Reino
Unido, que decidiu pela saída do país da União Europeia.
Segundo o ministro, "a dívida pública federal do Brasil é composta
majoritariamente de títulos denominados em reais". Além disso, frisou
ele, "o governo anunciou medidas fiscais estruturantes de longo prazo".
"A recente melhora nos indicadores de confiança e na percepção de risco
do país reflete essas ações. Nesse contexto, o Brasil está preparado
para atravessar com segurança períodos de instabilidade externa",
reforçou.
A nota de Henrique Meirelles derruba a declaração
dada por Temer mais cedo. "Recebi uma herança mais complicada do que eu
imaginava", disse Temer, como se não fizesse parte do governo Dilma
Rousseff, no qual seu partido detinha o comando de sete pastas.
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