Liberado após 10 horas de detenção nesta terça-feira 17, o líder do
MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, criticou a
ação da Polícia Militar e disse que a prisão teve "o intuito de
intimidar o MTST e a luta dos movimentos populares".
"Isso é notório. Cada vez mais há uma tentativa de desmoralizar os
movimentos", disse. "Quero dizer que não vão conseguir nos intimidar. A
luta só vai crescer, só vai aumentar a cada gesto fascista, a cada gesto
ilegal, abusivo, como essa prisão de hoje", avisou.
Ele disse ainda que foi preso por "incitação à violência, por
desobediência e por outros crimes". "Acabei sendo indiciado por
resistência. Para mim, resistência não é crime. Crime é despejar 700
famílias sem ter alternativa, resistência é uma reação legítima das
pessoas contra uma barbaridade como esta", rebateu.
A reintegração de posse foi pedida pelo prefeito João Doria (PSDB) e
realizada pela Tropa de Choque do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Um
membro da Tropa de Choque justificou a prisão o ativista: "Temos horas
de filmagens suas de outras manifestações e ocupações e sabemos que você
é liderança, você está detido por desacato, obstrução da via, obstrução
da justiça e incitação de violência", disse o militar.
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