247 – Em vários de
seus pronunciamentos recentes, a presidente legítima Dilma Rousseff,
deposta pelo golpe parlamentar de 2016, tem repetido que a história tem
sido implacável com os golpistas.
Ela tem razão. Pesquisa
Ipsos divulgada nesta terça-feira revelou que os três personagens
principais da conspiração que a derrubou são também os três políticos
mais rejeitados do Brasil.
Quem lidera a lista é
Michel Temer, formalmente denunciado por corrupção e rejeitado por 94%
da população. O segundo é o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que
acolheu o pedido de impeachment sem crime de responsabilidade e está
condenado a 15 anos e quatro meses de prisão, com 93%. Em terceiro
lugar, aparece o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que liderou o golpe e é
rejeitado por 90%.
"Identificamos que os
efeitos da crise política e da delação premiada de Joesley Batista ainda
se mantêm. Esse quadro tende a se manter nos próximos meses com a pauta
do aumento de impostos", comenta Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos
Public Affairs, responsável pelo Pulso Brasil. Ou seja: os números de Temer podem piorar ainda mais, depois do tarifaço na gasolina.
A pesquisa também mediu a popularidade de 33
nomes listados entre políticos e personalidades públicas. Os mais
populares são o juiz Sérgio Moro (64%), o apresentador Luciano Huck
(45%), o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa
(44%), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (29%), a presidente do
STF, Cármen Lúcia (28%), e o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot (24%).
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