247 - O ex-deputado Eduardo Cunha,
condenado no âmbito da Operação lava Jato, deverá tentar fechar um novo
acordo de delação premiada com a equipe da nova procuradora-geral da
República, Raquel Dodge. A proposta, porém, só deverá ser apresentada
após os cinco investigadores que faziam parte da equipe do ex-procurador
geral Rodrigo Janot deixarem o grupo de trabalho.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, Cunha deseja o
afastamento do promotor Sérgio Bruno, que faz parte da equipe de
transição além de quatro outros investigadores. Todos eles devem deixar o
cargo nos próximos 30 dias.
Segundo interlocutores, Cunha pretende usar este período para aditivar o conteúdo da delação visando tornar a proposta de um acordo mais atrativa para a PGR.
Segundo interlocutores, Cunha pretende usar este período para aditivar o conteúdo da delação visando tornar a proposta de um acordo mais atrativa para a PGR.
A equipe de Janot, porém, já havia destacado que os novos
anexos da delação propostos pelo ex-parlamentar visavam atingir os
inimigos políticos e desafetos, poupando os amigos e aqueles que ele
consideraria que lhe foram leais.
A delação de Cunha é considerada como altamente explosiva,
uma vez que poderia implodir de vez o governo Michel Temer devido ao
teor das denúncias com potencial para envolver diretamente o núcleo do
governo do peemedebista.
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