Fruto de um golpe, Temer fala em democracia na Venezuela

 
247 - Em Nova York para a Assembleia Geral da ONU, Michel Temer participou de encontro promovido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, com líderes da América Latina. O jantar teve um tom de doutrinação contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. 
Temer, que só está no poder porque conspirou para derrubar Dilma Rousseff, a presidente legitimamente eleita nas urnas, saiu do jantar repetindo a cartilha americana e falando da necessidade de se defender a democracia na Venezuela. 
Nas redes sociais, Temer virou motivo de chacota por ter sido o único no encontro a precisar recorrer a fones de ouvido com tradução simultânea.
Confira abaixo reportagem da Agência Brasil sobre o encontro.
Da Agência Brasil
Michel Temer, disse ontem (18), após jantar de trabalho com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e lideranças sul-americanas, que o Brasil tem feito o possível para ajudar humanitariamente o povo venezuelano. A Venezuela foi um dos principais temas tratados no jantar com Trump, que exigiu a restauração "plena" da democracia e das liberdades políticas no país governado por Nicolás Maduro.
Temer deu uma entrevista coletiva a jornalistas após o jantar com Trump e a Venezuela foi o principal assunto. O brasileiro disse que é preciso tratar do tema sobre dois ângulos: o humanitário e o político. No humanitário, ele disse que o Brasil mandou medicamentos para a Venezuela e no político citou o encontro com Leopoldo Lopez, político que faz oposição a Maduro.
Eu próprio relatei que recebi o Leopoldo Lopez, tenho mantido os mais variados contatos, recebi a esposa dele, a mãe dele, para revelar a posição do Brasil em relação à Venezuela, disse. "As pessoas querem que lá se estabeleça a democracia, não querem uma intervenção externa, naturalmente. Mas querem manifestações que se ampliem, dos países que aqui estão para os países da América Latina, para os países caribenhos, de maneira a pressionar a solução democrática na Venezuela".
Segundo Temer, nenhuma decisão foi tomada durante a reunião, mas os líderes sul-americanos destacaram o problema dos refugiados venezuelanos. "Nós temos mais de 30 mil refugiados no Brasil, milhares de refugiados na Colômbia e alguns até no Panamá. E o que houve foi isso: todos querem continuar a pressão para resolver. Mas a pressão diplomática", disse.
Temer disse que a possibilidade de sanções à Venezuela não foi discutida efetivamente. Falou-se no tema, mas com ações diplomáticas, como ocorreu em relação ao Mercosul. "No Mercosul, quando nós fizemos reunião na Argentina, a Venezuela foi excluída do Mercosul, melhor dizendo, até nem chegou a entrar, por não ter cumprido as cláusulas democráticas", disse.

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