247 - O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) decidiu apoiar a ação movida pelo escritório Teixeira,
Martins & Advogados, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva na Lava Jato, para destruir as mais de 13 horas de interceptações
telefônicas feitas com autorização do juiz Sérgio Moro a partir do
telefone central do escritório.
A OAB decidiu apoiar o pleito dois dias depois de mais de
230 advogados e juristas, entre eles alguns dos mais importantes do
país, divulgarem um manifesto no qual defendem a destruição das
gravações e a entrada da entidade no caso.
No dia 8 de novembro o desembargador João Pedro Gebran Neto,
relator do processo no Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4)
negou pedido para destruir as gravações alegando que não havia urgência
para uma decisão.
Em 2015, Moro autorizou a interceptação telefônica do ramal
central do escritório alegando que o número constava como sendo da Lils,
empresa de palestras de Lula. Segundo o escritório, durante 27 dias
foram grampeadas 417 conversas de 25 advogados que somam mais de 13
horas de gravações.
Durante meses estas conversas ficaram disponíveis a todos as
partes envolvidas na Lava Jato até que o próprio Moro decidiu pelo
sigilo das gravações.
Segundo o escritório, recentemente um dos procuradores da força-tarefa de Curitiba pediu autorização para acessar os áudios.
As informações são de reportagem de Ricardo Galhardo no Estado de S.Paulo.
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