247 - A retomada das articulações para aprovar a
reforma da Previdência ainda este ano vai exigir do governo o pagamento
de uma "fatura extra" de pelo menos R$ 14,5 bilhões em troca dos votos
do parlamentares.
A conta pode crescer nas próximas semanas com medidas que
incluem compensações a Estados, ajuda a prefeitos e emendas
parlamentares.
O governo ainda está longe de reunir os 308 votos
necessários para aprovar o texto, mas não desistiu de colocar a proposta
em votação ainda este ano e já escalou seus principais líderes para
conversas com bancadas nos próximos dias.
O governo já está lançando mão de novas benesses para
melhorar o clima com o Congresso e angariar o apoio de prefeitos e
governadores no corpo a corpo com deputados.
Elas vão além das concessões feitas entre abril e maio, que
incluíram os diversos programas de parcelamentos de débitos com direito a
descontos em juros e multas - um para contribuintes em geral, um para
Estados e municípios e outro para o setor rural.
Os prefeitos já conseguiram de Temer a promessa de R$ 2
bilhões em recursos e o aval para a derrubada de um veto no Congresso
que, na prática, pode beneficiar os municípios em "pelo menos" R$ 10
bilhões, nas contas da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
As informações são de reportagem de Idiana Tomazelli, Igor Gadelha e Adrina Fernandes no Estado de S.Paulo.
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